Mestre no Diário de Santa Maria
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| A história do poeta por trás do designer |
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Em 1993, formou-se no curso de Desenho Industrial e partiu para Porto Alegre. Na Capital, fez mestrado em Engenharia de Produção na UFRGS e especialização em Marketing na ESPM. Funcionário da Procergs, dividia o tempo entre a Ulbra, a Federação de Estabelecimento de Ensino Superior em Novo Hamburgo (Feevale) e a Universidade de Caxias do Sul (UCS), onde dava aula.
- Estava sempre correndo, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo. Era o verdadeiro "homem-polvo" - diz Antonio, por telefone, ao Diário.
A descoberta da doença, em 2004, veio como um balde água de fria.
- Foi um choque muito grande. Muito difícil... - diz.
Com a progressão da doença, Antonio precisou parar de trabalhar. Foi, então, que começou a se dedicar à poesia.
- Sempre tive um lado poeta, só não tinha tempo para escrever.
No começo, a idéia era que o próprio Antônio ilustrasse os poemas, escritos entre 2005 e 2006. Mas a doença não permitiu. Antonio perdeu o movimento dos braços. Entre uma crise e outra, entre internações em hospitais e a volta para casa, veio a idéia de convidar amigos para participar da obra.
- O resultado foi fantástico. Fiquei emocionado ao ver a interpretação que cada um deu aos meus versos. Não queria fazer um livro qualquer. E acho que cheguei lá.
Luta - Com a obra pronta, o esforço é para conseguir uma editora para lançar o livro. O dinheiro da venda dos exemplares será usado para ajudar a custear os medicamentos de Antonio. O tratamento que ele busca é feito em Pequim, na China, por meio de células-tronco. No Brasil, apesar do avanço no campo da pesquisa, ainda não há tratamentos deste tipo.
- Estamos em busca de patrocínio. Toda ajuda é muito bem-vinda - diz o designer Giuliano Cogo.
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